sexta-feira, 8 de novembro de 2013

HISTÓRIA - A EXPANSÃO DO CAFÉ NO BRASIL

COLÉGIO MUNICIPAL WOLFANGO FERREIRA
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Não há evidência real sobre a descoberta do café, mas há muitas lendas que relatam sua possível origem. Uma das mais aceitas e divulgadas é a do pastor Kaldi, que viveu na Absínia, hoje Etiópia, há cerca de mil anos. Ela conta que Kaldi, observando suas cabras, notou que elas ficavam alegres e saltitantes e que esta energia extra se evidenciava sempre que mastigavam os frutos de coloração amarelo-avermelhada dos arbustos existentes em alguns campos de pastoreio.
O pastor notou que as frutas eram fonte de alegria e motivação, e somente com a ajuda delas o rebanho conseguia caminhar por vários quilômetros por subidas infindáveis.

A ORGANIZAÇÃO DO CULTIVO

Embora o café tenha sido introduzido no Brasil no início do século XVIII, ele foi cultivado primeiramente como uma especialidade e era consumido principalmente nas residências e nos cafés das mais importantes cidades.
Na década de 1821 – 30, o café foi responsável por 19% do total de exportações e em 1891 essa participação havia aumentado para cerca de 63%.
Até 1880, a maioria do café brasileiro era plantado ao norte e oeste do Rio de Janeiro. A fazenda era administrada pelo proprietário, o fazendeiro, que reinava “como um patriarca poderoso sobre as questões sociais e políticas na área adjacente, além de controlar as atividades econômicas da fazenda em si”. 
A expansão paulista em direção ao oeste ocasionou o desenvolvimento de imensas fazendas de café, visto que somente um pequeno número de pessoas possuía poder econômico e político necessário para estabelecer e defender propriedades e iniciar a produção em novas terras. Não pode haver dúvidas de que as exportações de café foram o instrumento de crescimento durante quase todo o século XIX. Além disso, na última parte desse século, a economia cafeeira transferiu-se para São Paulo, de modo que o centro econômico mudou gradualmente para essa região, onde permanece até os dias de hoje. Os efeitos secundários da economia cafeeira paulista – emprego de mão-de-obra imigrante livre, investimento estrangeiro na infra-estrutura, acúmulo de capital de produtores de café. 
Desde o final do século XVIII a lavoura foi desenvolvida no vale do Paraíba. Nessa região a lavoura cafeeira desenvolveu-se em sesmarias e era usada mão de obra escrava.

MUDANÇAS FAVORECIDAS PELO CAFÉ

O café que havia sido implantado no Brasil desde o começo do século XVIII  se cultivava por todas as partes, assume importância comercial como produto de exportação logo após a independência. Em consequência da degradação da economia mineira, existia abundância de mão-de-obra na região montanhosa próxima a capital do País. "A proximidade do porto permitia solucionar o problema do transporte lançando mão de outro veículo que existia em abundância: a mula".
Depois de testada nos arredores do Rio de Janeiro (a hoje Floresta da Tijuca foi no passado uma fazenda de café), a cultura do café galgou a serra rumo ao Vale do Paraíba, dominando toda a paisagem serrana fluminense. A cidade de Vassouras passou a ser o grande centro da aristocracia do café no Brasil. Mas o café seguia, como uma onde verde, por todo o Vale do Paraíba em direção a São Paulo.

IMIGRANTES PARA O CULTIVO DOS CAFEZAIS

A vida dos escravos nas fazendas de café não era fácil. Quando o terreno ainda não tinha sido plantado, o primeiro passo era desmatar, queimar e limpar a terra antes do plantio.

            Enquanto o cafezal crescia, os negros arrancavam as ervas daninhas. A maioria trabalhava até 18 horas por dia. Folgavam aos domingos e dias santos, depois do almoço.

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