COLÉGIO
MUNICIPAL WOLFANGO FERREIRA
NOME:
__________________________________________________ DATA:___/___/___
O
CICLO DO OURO NO BRASIL
INTRODUÇÃO
No final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro (produzido nos engenhos do nordeste) começaram a diminuir. Isto ocorreu, pois a Holanda havia começado a produzir este produto nas ilhas da América Central. Com preços mais baixos e boa qualidade, o mercado consumidor europeu passou a dar preferência para o açúcar holandês.
No final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro (produzido nos engenhos do nordeste) começaram a diminuir. Isto ocorreu, pois a Holanda havia começado a produzir este produto nas ilhas da América Central. Com preços mais baixos e boa qualidade, o mercado consumidor europeu passou a dar preferência para o açúcar holandês.
CRISE DO AÇÚCAR E A
DESCOBERTA DAS MINAS DE OURO
Esta crise no mercado de açúcar
brasileiro, colocou Portugal numa situação de buscar novas fontes de renda,
pois, como sabemos, os portugueses lucravam muito com taxas e impostos cobrados
no Brasil. Foi neste contexto que os bandeirantes,
no final do século XVII, começaram a encontrar minas de ouro em Minas Gerais,
Goiás e Mato Grosso. Portugal viu nesta atividade uma nova fonte de renda.
A descoberta de ouro no Brasil
provocou uma verdadeira “corrida do ouro”, durante todo século XVIII (auge do
ciclo do ouro). Brasileiros de todas as partes, e até mesmo portugueses,
passaram a migrar para as regiões auríferas, buscando o enriquecimento rápido.
Doce ilusão, pois a exploração de minas de ouro dependia de altos investimentos
em mão-de-obra (escravos africanos), equipamentos e compra de terrenos. Somente
os grandes proprietários rurais e grandes comerciantes conseguiram investir
neste lucrativo mercado.
COBRANÇA DE IMPOSTOS
A coroa portuguesa lucrava com a cobrança
de taxas e impostos. Quem encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto.
Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição (órgão do governo português),
que derretia o ouro, transformava-o em barras (com o selo da coroa portuguesa)
e retirava 20% (um quinto) para ser enviado para Portugal. Este era o
procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa, porém, muitos sonegavam
mesmo correndo riscos de prisão ou outras punições mais sérias como, por
exemplo, o degredo.
Além do quinto, Portugal cobrava de
cada região aurífera uma certa quantidade de ouro (aproximadamente 1000 kg
anuais). Quando esta taxa não era paga, havia a execução da derrama. Neste
caso, soldados entravam nas residências e retiravam os bens dos moradores até
completar o valor devido. Esta cobrança gerou muito revolta entre a população.
MUDANÇA DA CAPITAL
Com a exploração do ouro, a região
Sudeste desenvolveu-se muito, enquanto o Nordeste começou a entrar em crise.
Neste contexto, a coroa portuguesa resolveu mudar a capital da colônia de
Salvador para o Rio de
Janeiro. Desta forma, pretendia deixar a capital próxima ao novo
pólo de desenvolvimento econômico.
DESENVOLVIMENTO DAS CIDADES
Nas regiões auríferas, várias
cidades cresceram e muitas surgiram neste período. A vida nas cidades
dinamizou-se, fazendo surgir novas profissões e aumentando as atividades
comerciais, sociais e de trabalho. Teatros, escolas, igrejas e órgãos públicos
foram criados nestas cidades. Vila Rica (atual Ouro Preto), Mariana, Tiradentes
e São João Del Rei foram algumas das cidades que mais se desenvolveram nesta
época.
REVOLTAS
As cobranças excessivas de impostos, as punições e a fiscalização da coroa portuguesa provocaram reações na população. Várias revoltas ocorreram neste período. Podemos citar a Revolta de Felipe de Santos, que era contrário ao funcionamento das Casas de Fundição. A própria Inconfidência Mineira (1789) surgiu da insatisfação com as atitudes da metrópole. Liderados por Tiradentes, os inconfidentes planejavam tornar o Brasil independente de Portugal, livrando o país do controle metropolitano. Apesar de ter sido sufocada, a Inconfidência Mineira tornou-se o símbolo da resistência brasileira.
As cobranças excessivas de impostos, as punições e a fiscalização da coroa portuguesa provocaram reações na população. Várias revoltas ocorreram neste período. Podemos citar a Revolta de Felipe de Santos, que era contrário ao funcionamento das Casas de Fundição. A própria Inconfidência Mineira (1789) surgiu da insatisfação com as atitudes da metrópole. Liderados por Tiradentes, os inconfidentes planejavam tornar o Brasil independente de Portugal, livrando o país do controle metropolitano. Apesar de ter sido sufocada, a Inconfidência Mineira tornou-se o símbolo da resistência brasileira.
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